Nascida na capital paulista e criada em Taubaté, Celly começou sua carreira precocemente: dançou "Tico-Tico no Fubá" aos cinco anos numa apresentação infantil. Com seis anos cantou na Rádio Cacique em Taubaté, onde passou toda sua infância. Se tornou uma das participantes do Clube do Guri (Rádio Difusora de Taubaté). Estudou piano, violão e balé durante a infância.
Aos doze anos já tinha o próprio programa de rádio, também na Rádio Cacique. Aos quinze anos de idade (1958) gravou o primeiro disco, em São Paulo no outro lado do primeiro 78 rotações do irmão Tony Campello que a acompanhou em boa parte da carreira como cantora e atriz. Estreou na televisão no programa Campeões do Disco, da TV Tupi, em 1958. Em 1959 estreou um programa próprio ao lado do irmão Tony Campello, intitulado Celly e Tony em Hi-Fi, na Rede Record, o qual apresentou por dois anos.
A carreira explodiu em 1959 com a versão brasileira de Stupid Cupid, que no Brasil virou Estúpido Cupido. A música foi lançada no programa do Chacrinha e se tornou um sucesso em todo país no ano de 1959. Nesse mesmo ano participou do longa-metragem de Mazzaropi, Jeca Tatu.
Durante a vida gravou outros sucessos: Lacinhos Cor-de-Rosa, Billy, Banho de Lua, que lhe renderam inúmeros prêmios e troféus, inclusive no exterior, e lhe deram o título de Rainha do Rock Brasileiro.
Para tristeza de toda uma geração que se espelhou no trabalho, Celly abandonou a carreira no auge, aos 20 anos, para se casar e morar em Campinas. Foi em 1962, com José Eduardo Gomes Chacon, o namorado desde a adolescência. Com José Eduardo, com quem permaneceu casada até morrer, Celly teve dois filhos, Cristiane e Eduardo, e dois netos.
Celly vinha sendo cogitada para apresentar o programa Jovem Guarda (TV Record), ao lado de Roberto e Erasmo Carlos. Como abandonou a carreira, Wanderléa tomou seu lugar.
Em 1976, foi trazida de novo ao sucesso graças a telenovela Estúpido Cupido (homônimo do grande sucesso, de 1959) na TV Globo, na qual gravou uma participação especial. Incentivada pelo sucesso da novela, tentaria retomar a carreira, chegando a gravar um disco e fazendo alguns espetáculos. Mas com o término da novela, voltou ao ostracismo.
Vítima de um câncer, Celly morreu em 3 de março de 2003, no Hospital Samaritano em Campinas.[2]
Em 2008, a emissora de televisão Rede Globo licenciou as canções "Banho de Lua" e "Broto Legal" para serem utilizadas como música incidental da novela Ciranda de Pedra; nenhuma das duas foi incluída no CD de trilha sonora da novela.